Texto da revista Vogue reescrito por: Larissa Helena Mendes -
Dezembro 2009
Edição n° 376
O assassinato da conversação, em especial, da que era brilhante, com status de legítima arte. Esse convívio baseado no jogo de palavras pode ter tido vários assassinos.
O primeiro suspeito é o telefone celular e seus cúmplices (como Blackberry e iPhone). Que tem hoje lugar garantido sobre as mesas ao lado de talheres e louças. Vítima anuente, o usuário se torna uma espécie de secretário super atarefado, lendo e respondendo mensagens, além de dar a impressão de querer estar em outro lugar, com outra pessoa.
O segundo presumível assassino é a proibição de fumar em lugares públicos. Apesar de ser a favor, essa proibição esvazia as mesas de jantares de maneira inadmissível. Uma mesa de doze pessoas, por exemplo, pode se reduzir a quatro convivas. Essa falta de disciplina é o cúmulo da falta de educação.
O terceiro cúmplice é o “politicamente correto”; causador da morte instantânea de qualquer troca de idéias cultas e inteligentes. Seja politicamente correto no comportamento, mas deixe o discurso pra lá, a menos que esteja em um seminário. Seja bem humorado e dê asas à imaginação. VIVA A LIBERDADE!